Notícias


EUA evitam comentar posse de Chávez e pedem processo constitucional

Os Estados Unidos evitaram nesta terça-feira se pronunciar sobre a controvérsia que vive a Venezuela à medida que se aproxima a data de posse do presidente Hugo Chávez e apenas pediram que seja garantido que o processo respeite a Constituição venezuelana.
"Esperamos que qualquer transição na Venezuela seja democrática, legal, constitucional e transparente", disse à Agência Efe o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostick.
O porta-voz assegurou que a diplomacia americana não tem comentários por enquanto sobre o que pode envolver a provável ausência de Chávez em Caracas no dia 10, data prevista para a posse presidencial.
A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, limitou-se a dizer que a questão é um "assunto que concerne aos venezuelanos" e pediu que o processo ocorra de uma "maneira que inclua todos". A funcionária afirmou que o processo dever ser feito de "forma justa, transparente e que assegure um clima político com igualdade de condições".
"Estamos observando o debate entre os venezuelanos e nossa principal preocupação é que se escute todas as vozes", argumentou Victoria Nuland em sua entrevista coletiva diária.
Sobre a possibilidade de ocorrerem manifestações violentas em Caracas, a porta-voz afirmou que "o debate tem que ser pacífico e não se deve recorrer em nenhum momento à violência".
O presidente venezuelano se encontra internado em Cuba desde o passado 11 de dezembro, quando foi operado de um câncer situado na região pélvica e cujos detalhes não foram informados oficialmente.
"Obviamente, como com qualquer pessoa, estamos preocupados por sua saúde e lhe desejamos uma pronta recuperação", assegurou Victoria Nuland.
O governo defende que a cerimônia de posse presidencial é um "formalismo" que o presidente pode cumprir posteriormente perante a Suprema Corte.
Por sua vez, a oposição sustenta que o governo conclui seu período constitucional no dia 10 e a partir daí todos os membros do governo, incluído o vice-presidente, Nicolás Maduro, perdem seus cargos, e só o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, poderia assumir as funções de chefe de Estado.
A maior plataforma opositora do país enviou hoje uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) em que alerta quanto ao risco de "uma grave violação da ordem constitucional" se Cabello não assumir a condução do país na quinta-feira.
Fontes da OEA confirmaram hoje à Efe que o secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza, que está no Chile, recebeu a carta, embora não tenham comentado sobre sua posição ou a da instituição sobre a controvérsia.

Hitler de joelhos no gueto de Varsóvia provoca polémica

 

Tem sido assim desde o início, em 2011: por onde passa, "Him", a peça em que o artista plástico italiano Maurizio Cattelan retrata Adolf Hitler de joelhos, parecendo orar, deixa um rasto de polémica. Mas talvez nunca antes esta pequena escultura tenha tocado cordas tão sensíveis como aquelas que agora se agitam.
 Tida como uma representação da presença e da natureza do mal entre nós, homens, Him está agora em exposição no antigo gueto de Varsóvia, que se pensa ter levado à morte de cerca de 300 mil judeus, quer de fome e doenças quer por dali terem sido enviados para campos de concentração e extermínio.
Desde a instalação, há um mês, a peça tem atraído cada vez mais visitantes. Talvez por isso a polémica tenha vindo a crescer, com a comunidade judaica a começar a manifestar o seu desconforto. Nos últimos dias, os responsáveis pelo Simon Wiesenthal Center consideraram a presença da peça no gueto como “uma provocação sem qualquer sentido e um insulto à memória dos judeus vítimas do nazismo”.
“No que diz respeito aos judeus, a única ‘oração’ de Hitler foi terem sido varridos da face da terra”, disse citado pelo jornal britânico The Guardian o director israelita do centro, Efraim Zuroff, referindo-se a uma leitura comum da obra em que esta é vista como um ajoelhar penitente do Fürhrer, em oração.
Fabio Cavallucci, director do Centro de Arte Contemporânea da cidade, responsável pela instalação da obra já fez saber que “não houve qualquer intenção pela parte do artista ou do centro de insultar a memória judaica”: “É uma obra de arte que tenta falar sobre o mal que se esconde em todo o lado.”
O mais importante rabi polaco, Michael Schudrich veio também a público explicar que foi consultado sobre a exposição da obra e que não se opôs por considerar que veicula um questionamento moral com o qual considera importante que as pessoas se confrontem.
Na opinião de Michael Schudrich, a obra mostra como o mal se pode apresentar até no corpo de “uma doce criança a orar”: “Achei que tem um valor pedagógico”, disse também citado pelo Guardian.
Parte de uma série de esculturas em que Cattelan retrata personalidades contemporâneas. Em Varsóvia, Him está exposta num pequeno beco, de joelhos sobre a calçada. O público pode vê-la de frente através de um gradeamento, ou apenas ao fundo, de costas, entrando no beco.


 Hillary Clinton recebe alta médica e deixa hospital, segundo fontes oficiais

A secretária de Estado de EUA, Hillary Clinton, recebeu alta nesta quarta-feira e deixou o hospital de Nova York onde estava internada desde domingo devido ao surgimento de um coágulo em sua cabeça, segundo informou o Departamento de Estado.
"A equipe médica estimou que ela está fazendo bons progressos em todas as frentes, e têm certeza de que terá uma recuperação completa", indicou o Departamento de Estado por meio de um comunicado.
Hillary Clinton recebeu alta algumas horas após deixar o Hospital Presbiteriano de Nova York para se submeter a exames em outros centros médicos. As imagens dela saindo do local causaram confusão, pois a imprensa interpretou que Hillary já tinha obtido alta, mas pouco tempo depois ela voltou para o hospital.
Em seguida, a chefe da diplomacia americana recebeu efetivamente alta e foi para sua residência acompanhada de seu marido, o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, e de sua filha, Chelsea.
O Departamento de Estado informou que Hillary Clinton deseja voltar ao trabalho e indicou que oferecerá mais informações sobre sua agenda nos próximos dias.
"Tanto ela como sua família querem expressar seu agradecimento pelo excelente cuidado que obteve dos médicos, enfermeiras e pessoal do Hospital Presbiteriano de Nova York", concluiu o comunicado.
Hillary ficou internada por quatro dias e foi tratada com anticoagulantes. Os médicos detectaram um coágulo situado entre uma veia do crânio e o cérebro da secretária de Estado, que surgiu após uma queda provocada por um desmaio dias antes.

 


 

Um comentário: